A história de Bert Hellinger, pai das Constelações Familiares
Anton “Suitbert” Hellinger ou Bert Hellinger nasceu em 16 de dezembro de 1925 em Leimen, Alemanha. Foi o segundo de três filhos de Albert Hellinger e Anna Hellinger.
Anton “Suitbert” Hellinger ou Bert Hellinger nasceu em 16 de dezembro de 1925 em Leimen, Alemanha. Foi o segundo de três filhos de Albert Hellinger e Anna Hellinger.
A descoberta das ordens do amor é a chave no início das constelações familiares. Essas tendências básicas que inconscientemente governam as famílias foram descobertas por Bert Hellinger. Vamos explicar como Hellinger descobriu as ordens do amor. Em 2001 em entrevista a Joan Garriga, Bert Hellinger esclareceu que houveram três antecedentes que indicaram sua descoberta sobre as ordens do amor. A primeira
aconteceu em uma dinâmica de grupo que ele chamou de “cadeira quente” . O segundo marco para a descoberta foi, em suas palavras “um artigo de Jay Haley sobre o ‘triângulo perverso’, que descreve o caso de uma escola, quando um professor, em vez de se juntar aos outros professores, pacta com os alunos e desenvolve uma desordem fatal. Ou quando um aluno se junta aos professores em vez de estar com os alunos, por exemplo, há uma desordem, algo perverso. “Lá percebi que havia uma ordem de prioridade e a necessidade de ignorar os limites. Isso foi importante para mim”.
Além disso, Bert ainda conta que o livro de Ivan Boszormenyi-Nagy, “Invisible Loyalties” também foi muito importante para a descoberta das ordens de amor. Mas sobretudo, Hellinger ressalta que a observação da dinâmica de grupo por seis anos foi o essencial.
Como observa Hellinger:
“Lá estava assistindo por 6 anos, observando para ver como a consciência atuava, e eu consegui perceber seus diferentes níveis. E então percebi o que está acontecendo nas famílias: todos se comportam de acordo com certas leis que eles próprios não conhecem, e onde o movimento vai contra as leis, a desordem e a infelicidade se desenvolvem. A descoberta dessa consciência inconsciente, que é ao mesmo tempo é uma consciência comum de toda a família, me levou a entender as implicações sistêmicas. Só sabendo que existem certas ordens de amor, e que também existem
implicações sistêmicas, podemos encontrar as ordens em que o amor pode se desenvolver”.
Evolução das ordens do amor
Nos últimos anos, as Constelações Familiares evoluíram para o que Hellinger chama de “constelações familiares espirituais”. O espiritual nesse caso está relacionado ao movimento criativo da vida, transcende as ordens do amor (que permanecem no plano da consciência familiar). Nas palavras de Bert Hellinger: “a evolução das Constelações Familiares foi acompanhada por uma nova compreensão de nossa alma e nosso espírito. Mas, acima de tudo, uma nova compreensão dos limites da nossa consciência. Por exemplo, quando nossa consciência coloca limites ao nosso amor e aos nossos relacionamentos “, conclui Bert Hellinger.
Bert Hellinger em seus estudos descobriu as três leis do amor que regem os relacionamentos humanos. São elas: vínculo (pertencimento), equilíbrio (equilíbrio entre dar e tomar/receber) e ordem (hierarquia). A primeira se estabelece pela necessidade de pertencer ao nosso sistema familiar. Todos que fazem parte da família tem o direito de pertencer. Isso inclui os que morreram precocemente, os natimortos, deficientes, os maus, os filhos abortados e outras pessoas para quem a família não quer olhar. É muito comum que pessoas sejam esquecidas porque lembrar delas traz sofrimento. Mas, enquanto não são lembradas e reconhecidas, o sistema não pode ter paz. E quando alguém é esquecido, ou excluído, está sendo negado a um membro a pertinência no sistema, e isso irá gerar uma necessidade irresistível do próprio sistema de restabelecer a integridade perdida e compensar a injustiça cometida.
A segunda traz a necessidade de se manter o equilíbrio entre o dar e receber nas
relações. Funciona da seguinte maneira: um dá, o outro recebe e, de preferência, toma, porque tomar é mais ativo do que receber. Então, quem recebe fica grato e, de certa forma, em dívida. Portanto, dá de volta. Idealmente, dá um pouco mais e assim quem recebe dessa vez, fica com a dívida e irá retribuir. Isso gera um vínculo crescente no qual o amor pode crescer.
A terceira é estabelecida pela ordem de chegada no sistema. Trata-se, portanto, de uma hierarquia cronológica, na qual quem veio antes precisa ser reconhecido como tal. Sem esse reconhecimento e o respeito a isso, há um desequilíbrio no sistema. Isso significa, portanto, que os pais vêm antes dos filhos, assim como o amor entre os pais vem antes da relação pai-filho ou mãe-filho, primeiro filho vem antes do segundo e assim por diante. Vale frisar que essa é uma ordem de precedência, e não de importância.
Vale lembrar que, por se tratarem de leis naturais, essas são universais e permeiam toda e qualquer relação humana, seja ela pessoal, familiar, amorosa ou profissional por exemplo. Quando as leis são violadas em um sistema familiar, podem surgir compensações que atuam nos membros desse sistema, podendo atingir várias gerações, que se manifestam em forma de depressões, doenças, dificuldades nos relacionamentos, dificuldades financeiras, etc. Por meio das Constelações Sistêmicas Familiares, o cliente pode perceber em que lugar o seu amor está oculto e bloqueado e adotar uma nova postura diante daquilo que se mostra, fazendo com que essas leis sejam novamente restauradas e respeitadas e o amor volte a fluir, tornando sua vida mais leve. Assim, o cliente terá uma visão mais clara sobre as origens das suas dificuldades, podendo romper com esses antigos padrões. As Constelações Sistêmicas Familiares tem se mostrado um instrumento importante para solucionar questões que tanto nos afligem
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