Tudo aquilo que acontece no nosso passado pode condicionar nosso presente

Mais do que apenas fatos ou memórias, a história familiar de uma pessoa e seu “gene genealógico” são fundamentais para entender uma pessoa. Não é à toa que vários estudos e pesquisas vêm sendo desenvolvidos para entender como o inconsciente familiar afeta o inconsciente pessoal de cada indivíduo. E muitos resultados já comprovam que o nosso destino está diretamente relacionado com o desenvolvimento de nossos ancestrais ou do sistema familiar do qual pertencemos.

 

Por isso, conhecer sobre nosso passado e nossa árvore genealógica faz toda a diferença em sessões terapêuticas. Se você quer resolver um problema do presente é importante que você entenda que existe uma memória que se reproduz de geração em geração. Isso porque as famílias são complexas. São cheias de segredos, tabus e vergonhas acumuladas. E nós acabamos “herdando” conflitos não solucionados da nossa árvore genealógica.

 

Uma técnica muito eficaz para resolver esses conflitos que vem com a gente por razões do passado e dos nossos familiares é a constelação familiar. Ela funciona muito bem para trabalhar os sistemas humanos de permanência. Por meio das constelações familiares, o cliente pode sair da sua “bolha” e olhar para o seu passado. Assim, ele passa a ver com mais amor as situações, se liberta de responsabilidades que não são suas e também assume decisões necessárias para que uma mudança positiva aconteça.

 

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Como​ ​Bert​ ​Hellinger​ ​descobriu​ ​as​ ​ordens​ ​do​ ​amor?

A descoberta das ordens do amor é a chave no início das constelações familiares​. Essas tendências básicas que inconscientemente governam as famílias foram descobertas por Bert Hellinger. Vamos explicar como Hellinger descobriu as ordens do amor. Em 2001 em entrevista a Joan Garriga, Bert Hellinger esclareceu que houveram três antecedentes que indicaram sua descoberta sobre as ordens do amor. A primeira
aconteceu em uma dinâmica de grupo que ele chamou de “cadeira quente​” . O segundo marco para a descoberta foi, em suas palavras “um artigo de Jay Haley sobre o ‘triângulo perverso​’, que descreve o caso de uma escola, quando um professor, em vez de se juntar aos outros professores, pacta com os alunos e desenvolve uma desordem fatal. Ou quando um aluno se junta aos professores em vez de estar com os alunos, por exemplo, há uma desordem, algo perverso. “Lá percebi que havia uma ordem de prioridade e a necessidade de ignorar os limites. Isso foi importante para mim”.

Além disso, Bert ainda conta que o livro de Ivan Boszormenyi-Nagy, “Invisible Loyalties​” também foi muito importante para a descoberta das ordens de amor. Mas sobretudo, Hellinger ressalta que a observação da dinâmica de grupo ​por seis anos foi o essencial.

Como observa Hellinger:

“Lá estava assistindo por 6 anos, observando para ver como a consciência atuava, e eu consegui perceber seus diferentes níveis. E então percebi o que está acontecendo nas famílias: todos se comportam de acordo com certas leis que eles próprios não conhecem, e onde o movimento vai contra as leis, a desordem ​e a infelicidade se desenvolvem. A descoberta dessa consciência inconsciente, que é ao mesmo tempo é uma consciência comum de toda a família, me levou a entender as implicações sistêmicas. Só sabendo que existem certas ordens de amor, e que também existem
implicações sistêmicas, podemos encontrar as ordens em que o amor pode se desenvolver”.

Evolução​ ​das​ ​ordens​ ​do​ ​amor

Nos últimos anos, as Constelações Familiares ​evoluíram para o que Hellinger chama de “constelações familiares espirituais”. O espiritual nesse caso está relacionado ao movimento criativo da vida​, transcende as ordens do amor (que permanecem no plano da consciência familiar). Nas palavras de Bert Hellinger: “a evolução das Constelações Familiares foi acompanhada por uma nova compreensão de nossa alma e nosso espírito. Mas, acima de tudo, uma nova compreensão dos limites da nossa consciência​. Por exemplo, quando nossa consciência coloca limites ao nosso amor e aos nossos relacionamentos “, conclui Bert Hellinger.

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Tire suas principais dúvidas sobre constelações familiares

Quando ouvimos falar sobre Constelação Familiar criamos diversas perguntas em nossa mente a respeito do tema. Hoje vamos esclarecer algumas principais dúvidas sobre​ ​o​ ​assunto.​ ​Confira:

1​ ​-​ ​Como​ ​surgiu​ ​o​ ​método?

O teólogo, filósofo e pedagogo Bert Hellinger desenvolveu o método no início dos anos 80 depois de estudar e observar que​ eventos traumáticos​, como morte prematura na família, um abandono, um crime ou um suicídio podem exercer uma força poderosa que afeta as próximas gerações. ​Enredados na infelicidade do passado, os ​novos membros dessas famílias ​geralmente continuam com padrões de ansiedade, depressão,​ ​raiva,​ ​culpa,​ ​medo,​ ​doenças​ ​crônicas​ ​e​ ​relacionamentos​ ​infelizes. Assim, Hellinger desenvolveu o trabalho de Constelações Familiares, um processo terapêutico que ​ajuda romper essa rede ​que leva a infelicidade, dor, medo, vícios e fracassos.

2​ ​-​ ​Quem​ ​conduz​ ​o​ ​processo?

Um​ ​terapeuta​ ​ou​ ​facilitador

3​ ​-​ ​Quando​ ​fazer​ ​uma​ ​Constelação?

Diversas são as situações e problemas que podem nos levar a Constelação mas as situações​ ​principais​ ​são: – Quando​ ​sentimos​ ​que​ ​algo​ ​importante​ ​não​ ​está​ ​funcionando​ ​em​ ​nossa​ ​vida – Quando sentimos que as portas se fecham ou não se abrem no âmbito do amor, trabalho​ ​e​ ​amizade – Quando​ ​sentimos​ ​medos,​ ​fobias,​ ​depressão. – Doenças​ ​e​ ​vícios

4​ ​-​ ​Como​ ​acontece?

Em​ ​grupo: Um grupo de pessoas com diversos dilemas a resolver é formado. Cria-se um círculo e então a pessoa que deseja constelar expõe seu problema e escolhe membros do grupo como representantes de sua estrutura familiar. A constelação inicia e os representantes começam a sentir emoções das pessoas que eles representam. Assim, de forma admirável e surpreendente a verdadeira história da família se manifesta de forma​ ​clara​ ​pela​ ​primeira​ ​vez.

Individual: Mesmo que as constelações em grupo se desenvolvam em espaços muito seguros e de muito respeito, há pessoas que preferem trabalhar de forma individual. Nas Constelações individuais se pode trabalhar de diversas maneiras. Usam-se muito bonecos e outros objetos para representar família do indivíduo. ​Nesse caso, o próprio cliente, orientado pelo facilitador, perceberá as sensações e buscará o caminho de solução

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Experiência Somática: que método é esse?

Depois de observar os animais selvagens, o Dr. Peter Levine na busca pela cura do trauma, desenvolveu o método Somatic Experiencing®, na tradução para o português, Experiência Somática.

Levine percebeu que embora os animais sejam diariamente ameaçados, não ficam traumatizados. Isso se deve ao fato de utilizarem mecanismos para descarregar os altos níveis de energia que foram ativados no sistema nervoso, depois de viverem momentos de perigo.

Os seres humanos também são capazes de agir dessa maneira. Porém essa ação muitas vezes é inibida pelo nosso cérebro, fazendo com que não aconteça a descarga dessa energia. É assim que a pessoa volta a vivenciar o momento ameaçador e sentir os sintomas daquela experiência. O método da Experiência Somática ajuda que essa descarga ocorra de maneira monitorada e gradual, ao mesmo tempo em que torna o sistema nervoso da pessoa mais resiliente as situações de medo intenso. É uma forma de restaurar o equilíbrio e retomar a vida.

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